"O menos é mais."

domingo, 20 de março de 2011

A fenix

Certo, o maior clichê, anunciar a sua morte e dizer que vai renascer, como uma Fenix. A morte está em nós a todo o momento, eternamente, repetidamente, e ao lado dela a vida retorna a todo instante, hoje estou morto. Onde tudo começa ou termina, também não sei, como então dizer que vou renascer das cinzas? Não, não vou, estou morto e enterrado, agora, tudo que passou, passará, tudo que virá também, pra mim são sensações, somente isso, e a vida não se torna mais medíocre por isso. Eu não quero estar morto -- mas a morte é justamente o não estar--, não quero perder minhas lembranças, quero me agarrar ao que sinto, mas, por mais forte que seja meu querer, não mudará o fato de que tudo passará. Ela também passará, por isso digo, este que voz escreve, está morto, não existirá mais. Dizer que vou renascer das cinzas, é uma mentira, serei outro, nem pior nem melhor, ou talvez melhor por um momento e pior noutro. Sei que estou morto, mas ainda não é o fim pra mim, viverei na vida de outro alguém, ela também, mas para ambos , estaremos mortos, enterrados. Não perca tempo, não chore por mim, eu não estarei mais para mudar algo.

Na vida não há tempo pra lamentações, busque o sol e conquistará o sol. Não sei pra onde ir, mas eu vou e este blog ficará para trás.

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